terça-feira, 17 de julho de 2012

Primeiro capítulo de a Marca de Atena


Capítulo Um

Até ela se encontrar com a estátua explosiva, Annabeth pensou que estava preparada para qualquer coisa. Ela andava pelo convés do Argo II, verificando e checando a balística para ter certeza que estavam trancadas. Ela confirmou que a bandeira branca voava no mastro. Ela reviu o plano com o resto da tripulação. E o Plano B, e o plano B para o plano B.

Mais importante ainda, ela retirou o seu acompanhante de guerra enlouquecido, Gleeson Hedge, e encorajou-o a tirar a manhã de folga em sua cabine assistindo a reprise de um campeonato de artes marciais mistas. A ultima coisa que precisavam, pilotando um trirreme grego para um acampamento romano potencialmente hostil, era um sátiro de meia-idade usando roupas de ginastica acenando um bastão e gritando “MORRA!”.


Tudo parecia estar em ordem. Mesmo aquele misterioso calafrio que ela vem sentindo desde que a navio lançou parecendo ter se dissipado. Pelo menos por enquanto.

A embarcação de guerra desceu das nuvens, mas Annabeth não pode parar por um segundo de pensar consigo. E se isso for uma má ideia? E se os Romanos entrarem em pânico e atacarem o navio? O Argo II definitivamente não parecia amigável. Duzentos metros de comprimento com um casco de bronze, um dragão flamejante de metal no mastro dianteiro, balestras montadas repetidamente que podem disparar flechas explosivas poderosas o suficiente para destruir concreto. Bem, não era a viagem mais apropriada para dizer um “olá” para os vizinhos.

Annabeth tentou dar para os romanos um aviso que estavam chegando. Ela pediu para Leo enviar uma de suas invenções especiais, um pergaminho holográfico, para alertar seus amigos dentro do acampamento. Esperemos que a mensagem tenha chegado até lá. Leo queria pintar uma mensagem gigante na base do casco, “Eai?” e um rosto sorridente, mas Annabeth vetou a ideia. Ela não tinha certeza se os Romanos tinham bom senso de humor.

Tarde demais para voltar agora. As nuvens se quebraram em torno do casco, revelando as colinas verdes e douradas de Oakland abaixo deles. Annabeth agarrou um de seus escudos de bronze que ladeavam a grade a estibordo. Seus três tripulantes tomaram suas posições.

No convés da popa, Leo limpava os painéis a sua volta como um louco, a fim de verificar seus medidores e alavancas. As maiorias dos timoneiros teriam ficado satisfeitos com um simples timão ou um leme. Leo tinha instalado teclados de controle de aviação de um learjet1  e uma mesa de som de dubstep2 e um controle de sensores de movimentos de um Nintendo Wii. Ele pode disparar o navio puxando o acelerador ou acionar as armas por amostragem, um álbum ou levantar as velas agitando seu controle de Wii rapidamente.  Mesmo para os padrões de semideus, Leo tinha uma hiperatividade muito séria.

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